Rotina
São cinco da matina; então acordo,
Preso ao meu leito, não quero me levantar,
A diáfana luz translúcida do astro rei;
O peso do meu corpo me impede até de pensar
Que futuro me é reservado? Não sei!
O terreno incerto do meu caminho espero e acredito,
Que derramarei sangue, suor e lágrimas pelas chagas do Cristo.
Andando triste, chego a um enclausurado,
Lugar parecido com um féretro
Âmago meu perdido, abandonado,
Imerso em tristeza a felicidade espero;
Sou perseguido por macilento ditador
Que me corrói a alegria e saúde; me sinto assim amiúde.
Caminhando em escaldante senda,
Volto a casa, enfraquecido pelo sol,
Psicologicamente destruído feito o mol,
Por último vou à escola construir o meu futuro,
Mesmo que tenha de percorrer pelo caminho mais duro.
Acordo no dia seguinte, as cinco da matina,
Já estou cansado desta minha rotina.
TALVANES FAUSTINO
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