O elevador.
Relato de experiência real.
Hoje, por volta das nove horas, já tarde para quem trabalha, no meu derradeiro sonho da manhã, de supetão me vi dentro de um elevador minúsculo, sem espaço sequer para me agachar e no qual eu já havia evitado de embarcar noutra oportunidade porque estava ciente do seu mau funcionamento. O arrependimento chegou tarde, pois o ascensor já se deslocava de um andar para outro quando parou subitamente. Agora não há mais o que fazer, é manter a calma e agir; reflexão que fiz durante o sonho ao mesmo tempo em que procurava na cintura o chaveiro do carro para com ele bater naquela chapa de ferro grossa e pesada, tal qual a porta de um cofre, para então pedir ajuda. Mas isto nem de longe é o que faço de verdade, pois o sufoco e a falta de ar são reais e se antecipam a ação, e antes que a aflição e agonia tomem conta do meu psicológico, sem delongas eu acordo. Há algum tempo que isso vem acontecendo comigo sempre que estou deitado e dormindo com algo a proteger-me o corpo - um lençol, manta, ou seja lá o que for -, e tão somente se a temperatura ambiente aumentar e o meu corpo, coberto, aquecer demais devido ao calor.
Justamente, o que vem ocorrendo neste inverno 2024, que, durante o dia, o termômetro crava nos 27 graus, e à noite, atinge a mínima de 12. Diferença de 15 graus, muita coisa. Deitamo-nos envolvidos numa manta, por conta do ar gelado, e, dependendo da hora, levantamo-nos inteiramente descobertos, porque o calor já aqueceu todo o ambiente.
Hoje o sol nasceu por volta de 6:30h, a temperatura começou a subir, as 9:00h o quarto já estava a caminho de virar um forno, principalmente para quem já é calorento e está enrolado num lençol inocentemente sonhando com a primavera, mas antes de eu começar a transpirar, meu sonho mudou automaticamente o seu roteiro e me jogou numa circunstância periclitante e com tremenda dificuldade para respirar, exatamente dentro deste elevador sinistro revelado acima. Acordo sufocado, o coração acelerado, forte calor. É TERRIVEL! Sensação de morte iminente.
Será que isto já é sintoma de quem está envelhecendo?
Pobre de mim, justo eu, que vivo a recomendar aos meus amigos e conhecidos:
- Cara, evite o envelhecimento, a morte anda solta por aí, cuidado!
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