A ÚLTIMA MORADA
Dorme donzela no seu leito
Descansa a sós no silêncio da solidão;
Dorme entre as terras que lhe cobre
Agora estais presa na gruta da escuridão.
Sobre ti, simplesmente uma cruz
Indicando os dados de sua vida;
No horizontal escrito o teu nome
E as lembranças jamais esquecidas.
Os colibris pausam sobre ti,
Beijando as rosas que enfeitam o teu jardim;
E as folhas secas que voam pelos ares
Marcam a dor que dói dentro de mim.
Os ventos sopram calmos a cada grão de areia,
A cada hora que se aproxima,
Derrete um pedaço do seu corpo
Diante da temperatura que esquenta
Vai sumindo a sua imagem.
E a cada ano que se passa
Aumenta ainda mais a certeza
De que nunca voltarás dessa viagem.
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