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O LOBO A OVELHA E O FAZENDEIRO

Um certo dia, em um pequeno e paupérrimo vilarejo, como obra do acaso, apareceu um estranho animal, pequeno, sem cor ou seja desbotado.. No início, manso, caminhando de cabeça baixa, mugido brando, olhar acanhado e inocente, animalzinho inofensivo parecido com um cordeiro, mas na verdade era uma abominável criatura, que se vestia de cordeiro mas que na verdade era um lobo devorador. Em um belo dia, manhã de primavera o sol brilhava sobre a linha imaginária do horizonte, existia um bondoso fazendeiro, que ao acordar, foi correndo para pastorear seu rebanho e teve uma surpresa encontrando aquele fictício animal. Em sua visão era um cordeiro, e não fez caso algum, confiando o bicho ficar no meio de suas frágeis e desprotegidas ovelhas. Mas como diz o adágio popular "o lobo perde o pelo mas não perde a mania", um belo dia que o fazendeiro viajou, todas ovelhas saíram do aprisco e foram pastar nos campos vastos e verdes da referida fazenda e uma das ovelhinhas mais novas do rebanho amanheceu indisposta e resolveu não sair, foi neste exato momento que o facínora abominável lobo também resolveu ficar demonstrando grande preocupação, e tudo aquilo não passava de puro fingimento, para poder devorar a desprotegida e confiante ovelha que pensava que aquele impostor era cordeiro e não um lobo devorador, que há muito tempo planejava apoderar-se da pureza da gentil ovelhinha e em seguida devorá-la. Só que o maldito lobo não sabia que a ovelhinha era prudente como as serpentes e simples como as pombas, e na primeira investida do maléfico e abominável lobo correu para o meio das outras ovelhas, e o falso cordeiro continuou com sua farsa. Mas um certo dia o fazendeiro começou a observar as suas ovelhas e percebeu que aquele animal não podia ficar naquele lugar e mandou para outro aprisco bem distante, terras longínquas sem o devido cuidado, sem medir as consequências instintivas do lobo, parecendo não se preocupar com as outras ovelhas para onde o abominável lobo foi, deixando as pobres ovelhas a mercê da sorte. Depois de embarcar o falso cordeiro o fazendeiro lavou suas mãos no açude da fazenda e respirou aliviado, e disse: Me livrei de um problema! Ledo engano. Os problemas nunca se acabam enquanto os lobos respirarem liberdade. O fazendeiro com o seu coração generoso teve misericórdia do lobo, dando-lhe mais uma oportunidade, mesmo sendo um lobo. Pensando o tão experiente fazendeiro que o lobo com a convivência em outro aprisco, convivendo com outras velhas, ele iria agir como as tais. Mas nunca haverá metamorfose para lobo, sempre será lobo, e agirá como lobo, animal nocivo que é. Pobres ovelhas sacrificadas... que chova, que faça sol, estarão sempre prontas para dá a sua preciosa lã e o seu precioso leite para o consumo da fazenda, e estão sempre a mercê dos maléficos lobos, que só produzem, angústia, tristeza, terror, destruição, sangue, dor. para outros aprisco, fazendas e tantas e quantas ovelhas por onde eles passarem. Porque "o lobo perde o pelo mas não perde a mania". lobo sempre será lobo, porque age pelo instinto. Misericórdia quero para todos os apriscos do mundo inteiro! Rigor e justiça para lobos, prudências para as ovelhas e sabedoria para os fazendeiros.

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Antonio Batista ESCRITO POR Antonio Batista Autor
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