O mistério ausente da Rosa
Descobri-me trêmula e mentindo
Que a chuva ensopava tua morada
Envenenei-me sempre, tu sorrindo
Aplaudindo a morte bem chorada.
Iludida a rosa que me olha!
Pois que sei das noites em que chora
A cultivar raiz que não se molha
A impedir que cresça outra que aflora.
Mas se te apegas, mesmo tristemente
Devo querer ir lento e, então, contente
Para que não vegete ao ver ir embora
Visto que fica a rosa que geme
Sem a presença daquela mão que treme
E a segurava firme, morte afora.
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