Pelo direito ao iPhone
Por vezes, observo esquerdistas em seu habitat (p. ex., cursos de graduação na área de ciências humanas em universidades públicas) afirmando que não são contra o uso/consumo de certas tecnologias, tais como iPhone. E, mesmo, que a adesão ao marxismo não exige tal deles -- portanto, não podem ser acusados de incongruência ou hipocrisia quando pegos em delito flagrante.
De fato, o que essas almas nobres desejam é que cada pessoa tenha "direito" a um iPhone. Um desejo louvável dadas as muitas aplicações deste poderosíssimo gadget cujo preço é ainda proibitivo para muitos, principalmente no Brasil (por causa, principalmente, da alta carga tributária que chega a encarecer um produto importado em 100%). Entretanto, ignoram que numa economia planificada nunca existiria nada parecido com um iPhone. O socialismo é capaz de produzir, quando muito, um "HiPhone" -- ou seja, um "xing-ling" usando tecnologias ultrapassadas e imitando o design consagrado (mas sem a mesma qualidade, obviamente).
Em sua obra seminal, A Rebelião das Massas, José Ortega y Gasset afirma que uma característica incontornável do "homem-massa" é que ele acredita piamente que todos os benefícios da técnica que tornam a vida do homem mais cômoda surgiram do nada, que são frutos da natureza e não obras do gênio aplicado ao desenvolvimento técnico, que só é possível num sistema de incentivos como o Capitalismo.
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