"SONETO DO TALVEZ"
Aquela que se diz feliz, por dar-se
jura de pés juntos, as juras que não fez
porque prefere a máscara e o disfarce
decidindo pelos “agora” ou os “talvez”
Pudesse, então, numa rainha transformar-se
Para que ninguém nela visse, o que não há
Seu corpo e mente, pois, ao modificar-se
Conclui absoluta, que nada mudará
Mas... o que há no fundo desse nada?
seria a mesma cantilena, endossada?
o mesmo perfil, de voz macia e candura?
Nesses tempos trágicos e latentes
de choros, gritos e gestos comoventes
inevitáveis, reflexos da pseudo ternura.
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