Soneto XXVI
Antes que me beije a morte,
Quero obras grandes deixar;
Obras eternas: o mar
E minha indomável sorte.
Eu, para minha família,
Deixarei flores azuis;
A bela estrada de luz,
Deixarei p’ra minha filha.
Para meu povo a grande obra:
Vozes pescadas do mar,
Reencontradas perdidas
E disfarçadas e escritas às
Pedras do fundo do mar:
Aqui, jaz, a obra querida!
Comentários