Por que não param?
Por que não param?
Enquanto os abarrotados pela dor e pelo impacto que castra os sonhos e a aspiração dos que ainda buscam algum significado do que é viver, gritam na solidão de um silêncio que não ecoa, os que almejam e sentem prazer no que destrói, avançam indiferentes com a apatia própria dos que enxergam os outros apenas como um lixo humano.
Por mais que a história insista, não dá para conviver com uma facção que promove intermináveis valetas de enterros coletivos apenas por deleites extraídos da tritura dos que clamam por clemência. Há muitos argumentos tentando convencer, porém é em vão qualquer explicação diante da ganância de possuir o que não lhes pertence. Só os fragilizados pela desilusão de sonhos palpáveis, entre racionais, lacrimam viver num covil onde os de lá não sentem a dor alheia.
Que gene será que lhes falta para que a indiferença seja a base de suas vitórias rudes, onde o produto final é um saldo de cadáveres e de vivos ressecados?
Por que não param? Talvez os que sofrem sejam frutos do destino do Faraó, ou de Esaú; e os que talham, sejam frutos dos que tiveram o coração endurecido.
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