Pele
O coração!?...
O símbolo do amor
Ao contrário do que se imagina
Deveria ser a pele
Que ninguém sabe onde começa
Ou onde termina
A mesma que esticamos ao sol
- melanina –
Como num curtume
Que cobrimos menos por pudor
E mais por costume
Onde ficam as cicatrizes
Pele veste das meretrizes
Mercadoras de amor...
Pele símbolo de pureza
Desde a eternidade
A pele que membrana a virgindade
Fonte de beleza
Flor de liberdade
Pele que é o amor do outro lado da rua
Que não se atravessa
Por mais que se tenha vontade
Pele que repousa nua
E que o vento passeia
Sem pudor nem pressa
Que assim feito o amor
Ninguém sabe onde começa ou termina
Misteriosa tela que não se descortina
Onde se tatuam os desejos
Arranham-se fantasias
Tecido onde se enxugam os beijos
Casca em que teço minha poesia
E o vento insistente
Despudorado abusa
Membrana fina
Que reveste o corpo de uma musa.
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Comentários
Compara a pele ao amor é uma forma bem interessante de nos fazer pensar onde começa ou quando acaba o amor. E as maneiras e formas que ele se apresenta no texto nos remete ao cotidiano e entrelaçamento onde ele aparece,feito vento e outras formas bacanas de pensar... Valeu!
Lindo! Sabe que sou fã do seu jeito único de tecer palavras e dar um novo sentido ao que lhe cerca. sucesso!
Muito obrigado aos amigos escritores pelo incentivo, crítica positiva e carinho! Grande abraço!