Faraó fantoche

            Um título foi dado, concedido e doado a um rei para assumir o papel de mestre e governador de uma terra que brotava mel. Suas leis são ilícitas. Forçar um culpado com medo a assumir a culpa é anormal para aqueles que se dizem peritos no assunto.

A alegria tão linda e o rosto tão feliz não sabem que há mãos que estão controlando tudo aquilo. Eles não imaginam que por trás das pessoas comandadas há uma força invisível que aparece apenas quando deseja.

Eles não sabem que por trás das marionetes há alguém exercendo poder para que as multidões possam ficar com suas bocas abertas gastando seu precioso tempo nada que possa lhe trazer bens futuros.

Ele anda todos os dias nos melhores carros, come as melhores e mais caras comidas e ainda acha que tudo aquilo foi uma conquista, mas saberá no tempo que se aproxima que tudo aquilo é alheio.

Quando o rei foi tomar água sua boca era perfeita como qualquer boca, mas suas palavras como o toque imperfeito dum ser calado. Em seus dias a criação do primeiro monumento chamou a atenção dos partidos abençoados.

Duas mil ofertas oferecidas ao homem que nem sabe por que se faz de esperto. O meio mais comum não foi achado nem será tão fácil. Quatro mil presentes de ouro refinado que foram rejeitados.

A chantagem foi confundida com melhores padrões onde mesmo o incerto se tornava certo com tudo indo errado. O sorriso falso se tornou símbolo fiel das mudanças erradas e inexatas dos castelos errantes.

Balanços gerais, pulos amenizados. O show prossegue agora antes de o dia seguinte chegar. São quarenta dançarinos com trajes iguais e danças diferentes.

Um piolho vem com sede de vingança traz um belo e mágico sorriso e sabe que não puderam prender as paixões enganosas. Esse mesmo piolho se veste tão bem que sua elegância emite brilhos mais fortes do que qualquer roupa elegante que já foi feita em todos os tempos.

Mesmo com tudo que tem nas mãos aquele pobre cidadão alto não vai parar de pular, pois seus pulos não são seus, suas janelas de esmeralda não são suas, o que se pensa ser seu já foi tirado, não terá nada e não será nada.