Macacos ousados nos erros

De galho em galho vestido de terno caro com essência magnífica ele pula onde quer que queira. Joga seu corpo contra tudo, contra todos. Pula, sorri e de novo se joga das maiores alturas, mesmo sem ter asas não morre.

Um erro pode lhe custar a sua vida. Mas quem disse que só por que o medo de errar é constante as pessoas param de se arriscar?

Quando sua pele passa de árvore em árvore ele julga a si mesmo dizendo que conhece cada pedaço de madeira por onde passou. O engano acontece quando você achar que sabe demais.

Acredita que é imortal, desafia os maiores perigos e entra nos mais estranhos poços profundos dos campos assombrados. Não teme o desconhecido, declara ser: Mestre incapaz de descer ao portal escuro.

Pele, boca, corpo, ousadia que o leva a torres fabulosas de reis terráqueos. Vencedor egocêntrico pisando formigas e os predadores das formigas. Bandeiras sem nomes, crepúsculo diferenciado, pratos de diamante, colheres lindas na casa roubada por sua ambição.

Investe seu lucro falso em bancos verdadeiros. Tudo pronto para próxima viagem. Músicas de pessoas embriagadas em sua casa são comemoradas como bodas de ouro.

Batem no peito de uma só vez e falam uma frase ilícita que não vale a pena repetir, juram para os céus, juram para toda a humanidade que sabem tudo e que fazem qualquer coisa que desejarem.

Um inimigo se aproxima sendo como amigo. Vem lhe beija, lhe abraça e lhe dá mil presentes, afeição, amizade errada. Aqueles gritos que eram dados pela madrugada, serão dados agora por motivo fatal, ninguém ouvirá ninguém saberá, ninguém falará.

Quando perguntarem se o conheciam, eles dirão: Não sei de quem você está falando...

O bicho que pulava teve as pernas quebradas, venceu os maiores monstros até considerados gigantes, mas foi morto pelo inimigo mais inocente, como e quando não se sabe, só saberemos que o orgulho foi morto pela humildade de outros planetas.