Eu mesma... nua
É na escuridão da noite
na areia, vendo o mar serenar
que o salpicar das estrelas
são os holofotes da natureza
que me fazem brilhar
Nesse palco libertário
esqueço todas as torpezas...
das guerras silenciosas
dos jogos de poder
do amor vencido
pelo afã da riqueza...
Sinto a leveza de uma pluma
vagando a esmo
entregue à ventania
e deixo o pensamento transpor o mar
sem ter de chegar em algum lugar
Liberto-me das amarras das tendências vãs
que me conduzem ao abismo das mesmices
das mentiras de uma sociedade mitificada
fazendo de meus delírios sãos
minha melhor realidade
Somente a natureza... incondicional
permite-me ser alada
e concede-me a nobreza
de ser quem sou: eu mesma... nua
e ser fenomenal
Simone Moura e Mendes
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