Palavras vestidas de gente
Há momentos em que as palavras são estorvos:
entristecem as gentes, doendo-lhes no peito e roubando-lhes o futuro.
Há momentos em que as palavras são pedaços de sonhos:
confortam o coração das gentes, nelas insuflando esperança e otimismo.
Há momentos em que as palavras são potentes metralhadoras:
matam a uns e a outros, sendo melhor nem tê-las inventado.
Há momentos em que as palavras são como remédio:
curam feridas e cicatrizam os cortes de maior largura e profundeza.
Existem momentos, porém, em que as palavras são apenas palavras:
despidas das gentes, elas passam despercebidas, silenciosas e inúteis.
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